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terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Uma mensagem de um grande intelectual a todos os seus leitores - Carlos Malamud

Uma mensagem de um grande intelectual a todos os seus leitores 

Carlos Malamud

PRA: Recebido como saudação a 2024, de um grande intelectual, do qual sou leitor


 “Yo no soy una escritora. Soy simplemente un ser humano en busca de expresión. Escribo porque no puedo impedírmelo, porque siento la necesidad de ello y porque esa es mi única manera de comunicarme con algunos seres, conmigo misma. Mi única manera.” 

Victoria Ocampo (Buenos Aires 1890 – 1979) 

 

La escritura es la manera más directa que tengo de entender e interpretar la realidad, la pasada y la presente. Para poder traducirla y comunicarme mejor con los demás. El objetivo es alcanzar a cada uno de vosotros, a los que intento llegar periódicamente a través de mis textos, en las distintas actividades que practico. 

Las palabras, bien utilizadas, pueden tener un valor terapéutico esencial en momentos de tanto dolor y sufrimiento como los que nos han tocado vivir en estos días y en el pasado reciente. Las palabras son las que nos pueden acercar al otro para entenderlo y aceptarlo como seres humanos que somos y no para rechazarlo por diferente. 

Por eso, sigamos usando las palabras para poder compartir un futuro más prometedor y para seguir esparciendo la esperanza. 

También para desearnos un ¡¡¡MUY FELIZ 2024!!! 

Carlos Malamud” 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

A República das Letras do Itamaraty - Paulo Roberto de Almeida

 A República das Letras do Itamaraty  

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.com)

[Objetivonota sobre os diplomatas escritoresfinalidadeinformação preliminar]

 


Estou preparando, com a ajuda de colegas diplomatas “escrevinhadores”, um ensaio sobre aqueles profissionais que, além de se ocupar dessas coisas chatas da burocracia oficial — telegramas, notas, bullshits kafkianos — , também se dedicam às coisas do espírito. Minha especialidade está mais voltada para a não-ficção, mais especialmente para Humanidades, Ciências Sociais, Economia (êpa!; não é uma ciência social aplicada?), Relações Internacionais, essas coisas chatas, e por isso dependo dos literatos para me indicar quais são nossos poetas e prosadores (eles são muitos, talvez mais numerosos do que os “analistas” da Realpolitik).

Mas, com a ajuda de alguns dos nossos escritores, começo pela literatura, bem mais agradável do que a dura realidade dos tempos atuais. Nesse terreno, parece que a poesia dá de 7 a 1 nos colegas de romances e contos.

Limito-me neste momento a uma pequena lista de diplomatas escritores contemporâneos, ou seja, vivos, pois vários “precursores” falecidos já tinham sido cobertos, em grande medida, na magnífica obra organizada pelo embaixador Alberto da Costa e Silva, O Itamaraty na Cultura Brasileira (2001; 2002), que incluía nomes de clássicos como Ribeiro Couto, Raul Bopp, Guimarães Rosa, João Cabral e Vinícius de Moraes (que, aliás, teve direito a dois capítulos, como poeta e como compositor). Vou ver uma maneira de disponibilizar esse livro.

Tanto quanto pode ocorrer para os “pensadores” das ciências humanas, falar de literatos vivos, alguns vivíssimos, expõe qualquer temerário como eu e meus colegas, por acaso ausentes, aos ciúmes e despeitos, humanos como são naturalmente os sentimentos poéticos ou sensações novelescas. Espero não ser desafiado para algum duelo literário, mas aqui vai uma relação preliminar, pedindo aos leitores e autores que me enviem novas colaborações.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 28/10/2020

 

 

Listagem preliminar de diplomatas escritores


         João Almino

 

1) Ideias para onde passar o fim do mundo, Brasiliense, 1987;

2) Samba-enredo, 1994;

3) As cinco estações do amor, 2001;

4) O livro das emoções, 2008;

5) Cidade livre, 2010.

 

Edgard Telles Ribeiro

 

1) O criado-mudo (romance), Brasiliense, 1990;

2) O livro das pequenas infidelidades (romance), Companhia das Letras, 1994;

3) As larvas azuis da Amazônia (novela), Companhia das Letras, 1996;

4) Branco como o arco-íris (romance), Companhia das Letras, 1998;

5) No coração da floresta (contos), Record, 2000;

6) O manuscrito (romance), Record, 2002;

7) Histórias mirabolantes de amores clandestinos (contos), Record, 2004;

8) Olho de rei (romance), Record, 2005;

9) Um livro em fuga (romance), 2008;

10) O punho e a renda (romance), Record 2010;

11) Damas da noite (romance), Record, 2014;

12) Uma mulher transparente (romance), Todavia, 2018;

13) O impostor (romance), Todavia, 2020.

 

Mário Araújo

 

1) A hora extrema (contos), 7 Letras, 2006;

2) Restos (contos) Bertrand Brasil, 2008.

 

Nilo Barroso

 

1) A morte da matriarca (contos), Horizonte, 1984;

2) O punho do destino (novela), Horizonte, 1988;

3) Badulaques (contos), 7 Letras, 2002

4) Déjà vu etc e tal, (poemas e aforismos) 7 Letras, 2014;

5) Três faltas e você será fora excluído (romance), 7 Letras, 2019.

 

Milton Coutinho

 

1) X,Y, Z (contos), Sette Letras, 1995;

2) Sanzio (romance), 7 Letras, 1998;

3) As horas velozes (contos), 7 Letras, 2001.

 

Davino Ribeiro de Sena

 

1) Castelos de areia (poesia), Sette Letras, 1991;

2) Pescador de nuvens (poesia), Sette Letras, 1996;

3) O Jaguar no deserto (poesia), Sette Letras, 1997;

4) Retrato com guitarra (poesia), 7 Letras, 1997;

5) Vidro e ferro (poesia), 7 Letras, 1999;

6) Três Martes (poesia), 7 letras, 2004;

7) Expedição (poesia), 7 Letras, 2007;

8) O lento aprendizado do rapaz que amava ondas e estrelas, (poesia), 7 Letras;

9) O rei das ilhas (poesia), 7 Letras, 2011;

10) Ternura da água (poesia), 7 Letras, 2015.

 

Felipe Fortuna

 

1) Ou Vice-Versa (poesia), Achiamé, 1986;

2) A escola da sedução (crítica literária), Artes e Ofícios, 1991;

3) Atrito (poesia), Alarme Editora, 1992;

4) Louise Labé – Amor e loucura (tradução), Siciliano, 1995;

5) Estante (poesia), Topbooks, 1997;

6) Curvas, ladeiras – Bairro de Santa Teresa (ensaio), Topbooks, 1998;

7) Visibilidade (ensaios), Record, 2000;

8) A próxima leitura (crítica literária), Francisco Alves, 2002;

9) Em seu lugar (poesia), Francisco Alves, 2005;

10) Esta poesia e mais outra (crítica literária), Topbooks, 2010;

11) A mesma coisa (poesia), Francisco Alves, 2012;

12) O mundo à solta (poesia), Topbooks, 2014;

13) Taturana (poesia), Pinakotheke, 2015.

 

Márcio Catunda

 

1) Incendiário de mitos (poesia), 1980, Fortaleza;

2) Encantador de estrelas (poesia), 1988, Brasília;

3) Rosas de fogo (poesia), 1998, Rio de Janeiro;

4) Sintaxe do tempo (poesia), 2005, Fortaleza;

5) Plenitude visionária (poesia), 2007, Lisboa;

6) Verbo imaginário (poesia), 2007, Lisboa;

7) Emoção atlântica (poesia), 2010, Rio de Janeiro;

8) Escombros e construções (poesia), Thesaurus, 2012, Brasília;

9) Terra de demônios (romance), Ibis Libris, 2013, Rio de Janeiro;

10) Viagens introspectivas, Expressão Gráfica e Editora, 2016, Fortaleza;

11) Dias insólitos (poesia), 2018

12) Todos os dias são difíceis na Barbúria (romance), 2018, Rio de Janeiro.

 

Francisco Alvim

 

1) Passatempo (poesia), Brasiliense, 1974;

2) Elefante (poesia), Companhia das Letras, 2000;

3) Poemas (1968-2000), Cosac Naify, 2004;

4) O metro nenhum (poesia), Companhia das Letras, 2009.

 

Alexandre Vidal Porto

 

1) Matias na cidade (romance), Record, 2005;

2) Sergio Y. vai à América (romance), Companhia das Letras, 2014;

3) Cloro (romance), Companhia das Letras, 2018.

 

Jorge Sá Earp

 

1- Feixe de Lenha (poesia), edição do autor, 1980;

2 - No Caminho do Vento (contos), Alfa-Ômega/Instituto Nacional do Livro, 1983;

3 - O Ninho (romance), Achiamé, 1986;

4 - Sudoeste (romance), Achiamé, 1991;

5 - Passagem Secreta (poesia),Taurus, 1993;

6 - Ponto de Fuga (romance), Paz e Terra, 1995;

7 - O Cavalo Marinho (contos), 7 Letras, 1997;

8 - O Jogo dos Gatos Pardos (romance), Eldorado, 2001;

9 - A Cidade e as Cinzas (romance), Razão Cultural, 2002;

10 - Areias Pretas (contos), 7 Letras, 2004;

Trilogia Os Descendentes:

11 - O Olmo e a Palmeira (romance), 7 Letras, 2006;

12 - O Legado (romance), 7 Letras, 2007;

13 - O Novelo (romance), 7 Letras, 2008;

14 - As Marés de Tuala (romance), 7 Letras, 2010;

15 - Bandido e Mocinho (contos), 7 Letras 2012;

16 - Quatro em Cartago (romance), 7 Letras, 2016;

17 - A Praça do Mercado (contos), 7 Letras, 2018;

18 – As amarras (romance), 7 Letras, 2020.

 

Por enquanto é isso. Os imortais da Academia já podem ficar com aquela sensação que os franceses chamam de embarras du choix

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3752, 28 de outubro de 2020


terça-feira, 22 de maio de 2018

Écrivains et diplomates: livre français

Écrivains et diplomates
L'invention d'une tradition. XIXSe-XXIesiècles

Sous la direction deLaurence Badel
Année : 2012
Pages : 416
Collection : Recherches
Éditeur : Armand Colin
ISBN : 9782200275426
ISBN version en ligne : 9782200284954

Présentation
« Comment peut-on être ambassadeur de France et poète ? », s’indignaient les surréalistes, en apostrophant Paul Claudel. C’était en 1925. Que reste-t-il de cette alliance à l’heure du numérique, qui renouvelle l’écriture classique du diplomate ? 
Dédié à la conjugaison des deux activités, cet ouvrage met en lumière l’ancienneté, le renouvellement et la diversité des pratiques de l’écrivain entré en diplomatie et du diplomate entré en littérature. 
Interrogeant les identités multiples d’hommes destinés à intervenir dans et sur le monde, analysant les conditions matérielles de l’exercice de leur métier, ainsi que leurs modes d’expression privilégiés, il examine aussi la validité d’un « modèle » français qui serait né avec Chateaubriand. Il s’interroge enfin sur l’invention d’une tradition, formalisée dans l’entre-deux-guerres, mais qui ne trouve sa consécration véritable qu’après 1945, à travers la fortune de l’expression unificatrice et duale d’« écrivain diplomate ». Actes d’un colloque international qui s’est tenu à La Courneuve et à Paris, en mai 2011, augmentés d’articles originaux, ce livre, au confluent de l’histoire littéraire, de l’histoire sociale et de l’histoire des relations internationales rassemble vingt-quatre contributions d’universitaires et de diplomates français et étrangers, ainsi que des échanges entre historiens et diplomates en activité. L’ouvrage est préfacé par Maurizio Serra, délégué permanent de l’Italie auprès de l’Unesco et écrivain.

Sommaire
Pages de début
Remerciements

Préface

L’écrivain diplomate entre littérature et politique

Introduction

Partie I - L’invention de l’écrivain diplomate
1 - L’écrivain diplomate des Temps modernes, entre nécessité politique et pratique culturelle

2 - Le diplomate français au xix e siècle, entre belles-lettres et littérature

3 - Les écrivains diplomates, acteurs ou instruments d’une diplomatie culturelle ? Le cas du Quai d’Orsay au premier xx e siècle

4 - Âge d’or ou naissance d’une tradition ? Les écrivains diplomates français dans l’entre-deux-guerres

5 - Chimère ou caméléon ? Les non-conformistes

6 - Écrivains etdiplomates : des outsidersdans la Carrière ? Lecture sociologique des logiques de nomination

Partie II - Diplomatie et écritures
7 - Le style diplomatique

8 - Le diplomate et l’écriture : le cas des ambassadeurs français en Allemagne depuis André François-Poncet

9 - Écriture et usages de l’Histoire chez les diplomates de la Troisième République

10 - La diplomatie en mémoires. Étude sur les mémoires de diplomates belges et suédois du xx e siècle

11 - Paul Claudel témoin du tournant global : « Le présent comporte toujours la réserve du futur »

Témoignage - Du secret des chancelleries à l’agora des réseaux : les nouveaux enjeux de l’écriture diplomatique

Page 212 à 224
Témoignage - Le diplomate à l’ère numérique

Partie III - Un modèle français ?
12 - La commémoration romaine de Chateaubriand en 1934 ou l’instrumentalisation de l’écrivain diplomate au service de l’amitié franco-italienne

13 - Les écrivains et poètes serbes dans la diplomatie du royaume des Serbes, Croates et Slovènes/Yougoslavie, 1918-1941 : un enjeu historiographique

14 - Les diplomates et l’écriture dans la tradition italienne, de l’Unité à nos jours

15 - Gens de plume à l’ambassade : les réticences de la diplomatie culturelle suisse face au modèle français

16 - Les écrivains diplomates espagnols, de l’époque napoléonienne au régime franquiste

17 - Les diplomates écrivains latino-américains, une fécondité biséculaire

Annexe

Partie IV - Figures
18 - Chateaubriand, modèle du diplomate romantique

19 - Les écrivains diplomates russes et le récit impérial au xix esiècle

20 - « Entre deux mondes ». Oscar Milosz, croisades politiques et dilemmes d’un homme de lettres (1916-1925)

21 - Harold Nicolson et Duff Cooper : dandys anglais, écrivains diplomates et paneuropéens

22 - Romain Gary, écrivain diplomate

Table ronde : les convergences du diplomate et de l’écrivain

Conclusion
Le verbe et le corps : anthropologie du diplomate écrivain

Pages de fin