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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Homenagem do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) a Alberto da Costa e Silva, diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador brasileiro.

 O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) manifesta profundo pesar pelo falecimento do diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador brasileiro, Alberto da Costa e Silva. 

Reconhecido como um dos mais proeminentes intelectuais do país, Alberto era membro da Academia Brasileira de Letras e dedicou-se intensamente ao estudo da cultura e história africanas, tendo atuado como embaixador do Brasil por quatro anos na Nigéria e no Benim. Sua contribuição para o entendimento e apreciação da herança africana é um legado que perdurará através de suas obras e realizações.

Alberto teve uma longa e relevante carreira diplomática, atuando como embaixador em Portugal (1986-1990), na Colômbia (1990-1993) e no Paraguai (1993-1995). Além disso, ocupou o cargo de Inspetor-Geral do Ministério das Relações Exteriores entre 1995 e 1998.

Alberto deixou um vasto legado literário, composto por quase 40 livros, abrangendo poesia, ensaios, memórias e história e foi um intelectual engajado com as questões contemporâneas. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2000 e atuou como seu presidente em 2002 e 2003. Sua notável carreira acadêmica e seus estudos sobre a história africana culminaram em 2014 com o Prêmio Camões, o mais prestigiado reconhecimento literário em língua portuguesa.

Recentemente, um artigo sobre Alberto da Costa e Silva foi publicado na 6ª edição da CEBRI-Revista, com seção especial dedicada ao continente africano. Nele, a autora Marina de Mello e Souza ressalta a importância da obra do Embaixador para o estudo da História da África. Leia o artigo aqui.

O CEBRI transmite suas sinceras condolências à família, especialmente aos seus três filhos, Elza Maria, Antonio Francisco e Pedro Miguel, bem como aos seus sete netos e bisneta.

A partida de Alberto da Costa e Silva representa uma perda tanto para a diplomacia quanto para a cultura brasileira. Sua obra, porém, permanece viva, especialmente para as gerações futuras interessadas no estudo da África, um continente de extrema relevância para o Brasil e sua política externa.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Caderno do CEBRI sobre a diplomacia regional do Brasil: lançamento em painel no IRI-USP

 Apresentação do vídeo de lançamento neste link: 

https://www.youtube.com/watch?v=xTfaxGwJzmM

Policy Papers do CEBRI

A Hora da Diplomacia Brasileira Voltar a Priorizar o seu Entorno Regional



Nenhum país do mundo consegue ser relevante globalmente se não for relevante em seu tabuleiro regional. Em que pese a importância relativa dos nossos vizinhos em nossas exportações de bens semimanufaturados e manufaturados, o Brasil
atualmente está à deriva na América do Sul e, com isso, deixamos um vácuo de poder na região e promovemos uma enorme retração do processo de integração sul-americano. O Brasil precisa ser um ativo promotor do desenvolvimento na região e dos processos de cooperação e integração entre os países da América do Sul.

Download do paper: 



sábado, 6 de agosto de 2022

"A hora da diplomacia brasileira voltar a priorizar seu retorno regional": Policy Paper do Núcleo América do Sul do CEBRI


O Núcleo América do Sul do CEBRI convida para o evento de lançamento do Policy Paper "A hora da diplomacia brasileira voltar a priorizar seu retorno regional".

Data e hora: 9 de agosto, terça-feira, às 17h

Evento presencial em São Paulo, vagas limitadas.
Inscrição presencial: rsvp@cebri.org.br
Assista ao evento ao vivo AQUI 

Endereço: USP - Cidade Universitária -  Prédio do Instituto de Relações Internacionais
Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, Tv. 4 e 5/2º andar, Butantã, São Paulo

Em caso de dúvidas, por favor, entrar em contato pelo e-mail rsvp@cebri.org.br




quarta-feira, 8 de junho de 2022

Em que direção a Ásia se move, e qual o seu impacto global?: Parag Khanna (Cebri Online)

 Em que direção a Ásia se move, e qual o seu impacto global?

sexta-feira, 11 de março de 2022

Geopolítica e desafios do agro brasileiro em tempos turbulentos - Insper-CEBRI, 24/03/2022, 18hs

 Geopolítica e desafios do agro brasileiro em tempos turbulentos

https://www.insper.edu.br/agenda-de-eventos/geopolitica-e-desafios-do-agro-brasileiro-em-tempos-turbulentos/

Insper - CEBRI

24/3/2022, 18h às 20h


Em 2021 o Brasil bateu recorde histórico nas exportações do agronegócio ao ultrapassar os US$ 120 bilhões, número que evidencia a posição do país como um dos principais fornecedores globais de alimentos, apesar de uma pauta concentrada em alguns destinos e, ainda mais, em poucas commodities.

Para 2022, se por um lado as perspectivas são positivas em virtude da retomada econômica pós pandemia, por outro, o setor encerrou 2021 preocupado com o aumento dos custos de produção, e redução de margens do produtor, além da apreensão causada pelo conflito Rússia-Ucrânia.

Estruturalmente é essencial ao setor discutir como ampliar a presença de produtos tradicionais em novos mercados e oferecer novos produtos em destinos tradicionais, buscando maior diversificação e adição de valor da pauta exportadora. Tais propósitos se apresentam ainda mais desafiadores no contexto atual de conflito armado envolvendo dois importantes países no cenário do agro, aumento do protecionismo global, recrudescimento das barreiras sanitárias, técnicas e burocráticas e pressões relacionadas aos esforços de combate ao aquecimento global.

A partir desse panorama, o Insper Agro Global e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), retomam o seu Ciclo de Debates. Nesse ano o programa será trimestral com inovações no seu formato. Serão debates híbridos, com duas horas de duração para maior aprofundamento dos temas, sempre divididos em dois painéis.

Nesse primeiro debate de 2022, vamos explorar no painel inicial, as tensões, oportunidades e desafios que se apresentam neste momento conflitivo em mercados atuais e potenciais para o agro brasileiro na Eurásia. Para conduzir esse debate contaremos com André Corrêa do Lago, Embaixador do Brasil na Índia e Larissa Wachholz, executiva, ex-assessora da Ministra da Agricultura para assuntos de China e sênior fellow do CEBRI.

No segundo painel especialistas abordarão desafios, oportunidades e estratégias para aprimoramento da pauta exportadora por meio de diferenciação e adição de valor aos produtos. Vamos contar com Flávio Bettarello, diplomata, ex-secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa; Luiz Roberto Barcelos, Diretor Institucional da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e Sueme Mori, diretora de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Será um prazer recebê-los pessoal ou virtualmente!

Programação

Abertura e moderação:

    Marcos Jank – Coordenador do Insper Agro Global e do Núcleo Agro do CEBRI

    Julia Dias Leite – Diretora-presidente do CEBRI


Painel I

Mercados e geopolítica do agro brasileiro na Eurásia

Debatedores:

    André Corrêa do Lago, Embaixador do Brasil na Índia

    Larissa Wachholz, ex-assessora da Ministra da Agricultura para assuntos de China e sênior fellow do CEBRI


Painel II

Desafios da pauta exportadora do agro brasileiro: diversificação e diferenciação


Debatedores:

    Flávio Bettarello, diplomata, ex-secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa

    Luiz Roberto Barcelos, Diretor Institucional da Abrafrutas

    Sueme Mori, Diretora de Relações Internacionais da CNA


quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Brasil-China Ensaios 2002-2021, de Anna Jaguaribe (CEBRI)

 26/01/2022: 


 O CEBRI lança hoje o livro Brasil-China Ensaios 2002-2021, de Anna Jaguaribe, com o apoio da Fundação Alexandre Gusmão (FUNAG), do Banco BOCOM BBM e de Marcelo Vieira. A publicação traz artigos inéditos da socióloga pioneira nos estudos sobre a China e aborda temas como as relações diplomáticas entre China e Brasil, a presença chinesa no multilateralismo, a projeção internacional do país e suas consequências geopolíticas, o desenvolvimento chinês e a modernização de Pequim.

O projeto gráfico é assinado por Mariana Jaguaribe, sobrinha de Anna, e as fotos, muitas inéditas, compartilhadas pela irmã Cláudia Jaguaribe, retratam momentos especiais de sua trajetória.
 
Anna Jaguaribe contribuiu de forma inestimável com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). Foi membro do Conselho Curador, desde 2017 e estruturou o Núcleo Ásia e o Grupo de Análise sobre China. Seu legado é mais uma vez celebrado com a publicação deste livro.
 
Acesse a versão digital do livro aqui.

ARTIGOS
2002

032
 China modern: The city
as a battleground for identities

2010

054
 Visões de futuro:
A China e os seus desafios,

elementos do debate atual

2011

084
 Brasil e China na
reorganização das relações

econômicas internacionais:

Desafios e oportunidades

2013

104
 On state capacities
2014

120
 Políticas de inovação,
cruzando caminhos: Os casos

de Brasil e China

2015

142
 Estratégias de
governança no século XXI:

Observações sobre os novos

desafios da China

2016
166
 Desafios da economia
chinesa hoje

2018

174
 Characteristics and
direction of China’s global

investment drive

NOTAS SOBRE A

CONTEMPORANEIDADE

2019

210
 Brasil e China no
contexto da urbanização

2020

216
 Geopolitics and the
economics of innovation:

Different strategies

2021

222 Geopolitics and the rise
of China

228
 Reform and opening of
China’s financial system

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Cebri vai lançar revista direcionada para a política externa - FSP

A revista mais antiga no setor é a Revista Brasileira de Política Internacional, ininterruptamente publicada desde 1958, em 1993 transferida do Rio de Janeiro para Brasília. A Política Externa foi publicada de 1992 a 2015, com o apoio da Editora Paz e Terra. Agora surge a revista do CEBRI: bem vinda... 

Cebri vai lançar revista direcionada para a política externa

Primeira edição terá artigos de ex-ministros e entrevista com Fernando Henrique Cardoso

Folha de S. Paulo, 15.jan.2022 às 22h00 

Uma das principais instituições brasileiras dedicadas à política externa, o Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais) lança em fevereiro uma publicação trimestral.

Com o nome de Cebri Revista, trará artigos e entrevistas com especialistas na área, publicados em português, espanhol e inglês.

"Abriremos espaço para publicações que englobam análise de conjuntura e artigos acadêmicos. A ideia é criar uma intersecção entre a academia, formuladores de políticas públicas e tomadores de decisão", diz Hussein Kalout, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência.

Hussein Kalout, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência
O ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência Hussein Kalout - Agência Senado

Ele será um dos editores da publicação, ao lado do professor do Instituto de Relações Internacionais da USP Feliciano Guimarães.

A primeira edição, que será aberta no site do Cebri, tem artigos dos ex-ministros Rubens RicuperoCelso Amorim,Izabella Teixeira Marina Silva, além de uma entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Também haverá contribuições do brasilianista Abraham Lowenthal e do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso.

"Hoje o Brasil carece de publicações de relações internacionais e de política externa. Pela dimensão de quem vai escrever, imaginamos que a revista terá grande impacto", afirma Kalout.


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Política Externa Brasileira e Ordem Global em Transição - papers Konrad Adenauer, CEBRI

Política Externa Brasileira e Ordem Global em Transição

Konrad Adenauer, CEBRI, 14/12/2020

 

No ano de 2020, o projeto da parceria institucional entre o Centro Brasileiro de Relações Internacionais – CEBRI e a KAS teve como tema central “Política Externa Brasileira e Ordem Global em Transição”.

Os debates e publicações do projeto tiveram foco na relação entre o reordenamento global e o papel do Brasil, em áreas na qual a regulação multilateral é crucial: sustentabilidade, tecnologia e inovação, comércio internacional e governança multilateral. As publicações, escritas por pesquisadores com experiência acadêmica e prática nos assuntos, analisam o atual status destes regimes, identificam os desafios para a política externa brasileira e fazem proposições de caminhos benéficos para a consolidação da estratégia de inserção internacional do Brasil. As publicações também enfatizam o impacto da pandemia tanto na regulação global quanto nas perspectivas para o Brasil.

Acessem os papers resultantes do projeto no site do CEBRI

 

Paper 1/5 - Challenges for building a multilateral trading system in the 21st century

 

Paper 2/5 - Geopolitics and the Economics of Innoavtion

 

Paper 3/5 - Global Reorganization and the Crises of Multilateralism

 

Paper 4/5 - The times they are a-changing: perspectives of the Brazilian Sustainable Development agenda

 

O último evento do projeto “Dilemas do Multilateralismo: Desafios para o Brasil” foi realizado no dia 11 de dezembro e está disponível através do seguinte link youtu.be/JRvhC3aAS2Y

 

Existe, também, uma playlist com todos os eventos do projeto: www.youtube.com/playlist?list=PLxIbgGVEtVSyt4cz5UOTQ-MmoX9uEAg4D

 

 

 


quinta-feira, 28 de maio de 2020

Itamaraty cancela apoio ao CEBRI após carta crítica a Ernesto - Edoardo Ghirotto (Veja)

Itamaraty cancela apoio a centro de estudos após carta crítica a Ernesto
Chanceler ordenou que a Fundação Alexandre de Gusmão revogasse um contrato de operação técnica com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri)

Por Edoardo Ghirotto - Revista VEJA, 28 maio 2020, 13h56 

O chanceler Ernesto Araújo promoveu nova retaliação contra críticos de sua gestão no Itamaraty. Na última semana, Araújo ordenou que a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), órgão do Ministério das Relações Exteriores voltado para pesquisas e divulgação, rompesse um contrato de parceria técnica com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), um think thank independente e suprapartidário composto por diplomatas e acadêmicos de renome.
O motivo para o fim da parceria foi uma carta divulgada no último dia 10 por 27 membros do Cebri, entre eles o ex-chanceler Rubens Ricupero, os ex-ministros Aldo Rebelo e Pedro Malan e os diplomatas Marcos Azambuja, Luiz Augusto de Castro Neves e Roberto Abdenur. O documento expressava “grave e urgente preocupação” com a condução da política externa brasileira e os “prejuízos” que ela trouxe ao país.
Na semana seguinte à divulgação da carta, a Funag entrou em contato com a direção do Cebri para informar que um contrato de cooperação técnica assinado em 2017 seria rompido. A parceria não previa o aporte de fundos, mas servia para que os dois centros de estudo organizassem eventos e projetos de pesquisa em conjunto. O Cebri também utilizava as dependências de prédios do Itamaraty para realizar conferências.
Araújo tem demonstrado maior irritação com os críticos desde que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se uniu a Ricupero e a outros ex-chanceleres para divulgar um artigo com questionamentos à gestão do Itamaraty e ao governo de Jair Bolsonaro. O documento foi publicado em inglês e espanhol e teve ampla repercussão no exterior. Fora do tom diplomático, Araújo declarou que o artigo fora escrito por “paladinos da hipocrisia” e “figuras menores”.
Recentemente, o jornal O Globo publicou uma reportagem em que mostra como a Funag se transformou num think thank dedicado ao pensamento conspiracionista do escritor Olavo de Carvalho, que foi responsável pela indicação de Araújo ao Itamaraty. Sob a direção de Roberto Goidanich, a Funag abriu espaço para blogueiros e militantes bolsonaristas darem palestras em vez de professores e diplomatas.
Nas exposições que o jornal acompanhou, palestrantes disseram que o ex-presidente americano Barack Obama é um “radical de extrema esquerda” e que o uso de máscaras contra a Covid-19 se assemelha aos gulags criados pelo ditador soviético Josef Stalin.
O aparelhamento ideológico tem preocupado diplomatas e acadêmicos porque a Funag sempre exerceu um papel importante na formação do pensamento de jovens que ingressam na carreira. Há o temor de que, no futuro, obras de Olavo de Carvalho sejam incluídas nos exames do Instituto Rio Branco, que organiza os concursos para diplomatas.


quarta-feira, 27 de maio de 2020

Ernesto Araújo leva o Brasil ao isolamento e à irrelevância internacional - presidente emérito do Cebri (Sputnik)

Esta entrevista do presidente emérito do CEBRI não tinha sido registrada neste blog, que no dia 11 de maio transcreveu apenas a nota do CEBRI, tal como publicada no jornal Valor Econômico, neste link: 
Nota crítica do Cebri sobre a Política Externa do ...

A gestão do Ministério das Relações Exteriores sob a tutela de Ernesto Araújo tende a levar o Brasil ao isolamento e à irrelevância perante a comunidade internacional, afirmou à Sputnik Brasil um ex-embaixador com ampla vivência na diplomacia brasileira.
Sputnik News, 11/05/2020 

O presidente emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Luiz Augusto de Castro Neves, foi embaixador do Brasil na Argentina, Japão e China, entre outros países, além de ter sido secretário de Assuntos Estratégicos do Ministério das Relações Exteriores.
À Sputnik Brasil, Neves defendeu a nota publicada pelo Cebri no último sábado (9), na qual os rumos da política externa brasileira sob o governo do presidente Jair Bolsonaro são criticados.
Entre outras afirmações, o documento se refere a "um acumulado de erros recentes e que atingiram agora um patamar de disfuncionalidade e de prejuízo para o país ao seguir o caminho oposto do que seria natural durante a crise provocada pelo novo coronavírus".
"[O que motivou a nota] foi a disfuncionalidade crescente da política externa brasileira está tendo como consequência a irrelevância da atuação internacional do governo brasileiro, o que é grave e altamente prejudicial aos interesses brasileiros", disse Neves à Sputnik Brasil.
O presidente emérito do Cebri é um dos 27 signatários do comunicado, que ressalta que "em datas recentes o governo brasileiro, através do Itamaraty [...] tem feito declarações gratuitas e inconsequentes, proferido votos e adotado posições que nos enfraquecem e isolam sem com isso, de forma alguma, fortalecer a defesa de nossos interesses".
"Se acumulam as queixas e ressentimentos com posições nossas que se desviam de nossa longa tradição de cooperação construtiva com a sociedade internacional. Tudo isso tem um preço que pode vir a nos ser cobrado quando mais precisamos de uma coisa que já tínhamos merecidamente conquistado e que era o mais amplo respeito da sociedade internacional que via no Brasil um parceiro amistoso, confiável e, acima de tudo, generoso", acrescentou a nota.
Neves pontuou que parece claro que a política externa brasileira esteja sem rumo, "com algumas manifestações esparsas, grosseiras e inconsequentes". Presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), o diplomata não mencionou diretamente, mas o órgão lida com o maior parceiro comercial do Brasil, o mesmo atacado por ministros e filhos de Bolsonaro recentemente.
"Além das 'declarações gratuitas e inconsequentes', o Brasil tende à pior forma de isolamento, que é aquele decorrente da irrelevância de sua atuação em suas relações internacionais; acrescente-se a conduta errática de algumas autoridades em relação a países com os quais o Brasil tem parcerias estratégicas relevantes para o maior interesse nacional, que é o de promover seu desenvolvimento econômico e social", completou o ex-embaixador.
Na sexta-feira (8), vários ex-chanceleres brasileiros – incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – divulgaram em jornais de grande circulação um manifesto contra a atual situação do Itamaraty, que é associado mais ao alinhamento automático com os EUA e o negacionismo do que com o multilateralismo que sempre regeu a política externa do país.
Em resposta, Ernesto Araújo usou as suas redes sociais e atacou tanto o manifesto quanto a nota do Cebri. O chanceler recentemente foi criticado por associar a China à COVID-19, tecendo o termo "comunavírus" para associar a pandemia a um suposto levante comunista no planeta.

As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik

terça-feira, 12 de maio de 2020

Grosserias de Ernesto Araújo empurram o Brasil para a irrelevância, diz embaixador - CEBRI

Grosserias de Ernesto Araújo empurram o Brasil para a irrelevância, diz embaixador

Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores

Sputnik - O presidente emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Luiz Augusto de Castro Neves, foi embaixador do Brasil na Argentina, Japão e China, entre outros países, além de ter sido secretário de Assuntos Estratégicos do Ministério das Relações Exteriores.
À Sputnik Brasil, Neves defendeu a nota publicada pelo Cebri no último sábado (9), na qual os rumos da política externa brasileira sob o governo do presidente Jair Bolsonaro são criticados.
Entre outras afirmações, o documento se refere a "um acumulado de erros recentes e que atingiram agora um patamar de disfuncionalidade e de prejuízo para o país ao seguir o caminho oposto do que seria natural durante a crise provocada pelo novo coronavírus".
"[O que motivou a nota] foi a disfuncionalidade crescente da política externa brasileira está tendo como consequência a irrelevância da atuação internacional do governo brasileiro, o que é grave e altamente prejudicial aos interesses brasileiros", disse Neves à Sputnik Brasil.
O presidente emérito do Cebri é um dos 27 signatários do comunicado, que ressalta que "em datas recentes o governo brasileiro, através do Itamaraty [...] tem feito declarações gratuitas e inconsequentes, proferido votos e adotado posições que nos enfraquecem e isolam sem com isso, de forma alguma, fortalecer a defesa de nossos interesses".
"Se acumulam as queixas e ressentimentos com posições nossas que se desviam de nossa longa tradição de cooperação construtiva com a sociedade internacional. Tudo isso tem um preço que pode vir a nos ser cobrado quando mais precisamos de uma coisa que já tínhamos merecidamente conquistado e que era o mais amplo respeito da sociedade internacional que via no Brasil um parceiro amistoso, confiável e, acima de tudo, generoso", acrescentou a nota.
Neves pontuou que parece claro que a política externa brasileira esteja sem rumo, "com algumas manifestações esparsas, grosseiras e inconsequentes". Presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), o diplomata não mencionou diretamente, mas o órgão lida com o maior parceiro comercial do Brasil, o mesmo atacado por ministros e filhos de Bolsonaro recentemente.
"Além das 'declarações gratuitas e inconsequentes', o Brasil tende à pior forma de isolamento, que é aquele decorrente da irrelevância de sua atuação em suas relações internacionais; acrescente-se a conduta errática de algumas autoridades em relação a países com os quais o Brasil tem parcerias estratégicas relevantes para o maior interesse nacional, que é o de promover seu desenvolvimento econômico e social", completou o ex-embaixador.
Na sexta-feira (8), vários ex-chanceleres brasileiros – incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – divulgaram em jornais de grande circulação um manifesto contra a atual situação do Itamaraty, que é associado mais ao alinhamento automático com os EUA e o negacionismo do que com o multilateralismo que sempre regeu a política externa do país.
Em resposta, Ernesto Araújo usou as suas redes sociais e atacou tanto o manifesto quanto a nota do Cebri. O chanceler recentemente foi criticado por associar a China à covid-19, tecendo o termo "comunavírus" para associar a pandemia a um suposto levante comunista no planeta.

CEBRI se manifesta sobre a ausencia de politica externa e diplomacia destrambelhada

O CEBRI finalmente saiu de sua timidez e hesitação “tucana” (ou seja, ficar em cima do muro) para simplesmente dizer a verdade sobre o horror que é a diplomacia destrambelhada do inepto chanceler acidental, conduzindo de maneira canhestra uma política externa que basicamente NÃO existe — pois nunca foi exposta claramente (pela incompetência e ignorância de seus verdadeiros patronos amadores) — e que atua CONTRA os interesses da nação. O CEBRI tem entre seus apoiadores financeiros grandes empresas brasileiras e estrangeiras. Isso significa que, se o Grande Capital (essa figura mítica dos marxistas) ainda não rompeu totalmente com o desgoverno do capitão apalermado, ao menos já rompeu com a antidiplomacia da EA, a Era dos Absurdos.