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sábado, 6 de janeiro de 2018

Olavo de Carvalho: o estilo faz o homem - Paulo Roberto de Almeida

Com desculpas a meus poucos leitores por transcrever neste espaço material que de ordinário eu descartaria por completo, por não se enquadrar em nenhum dos critérios que normalmente sigo para selecionar textos merecedores de atenção, inclusive porque a linguagem chula pouco recomendaria tal transcrição (e não exatamente porque se trata de algo ofensivo à minha pessoa).
Mas, eu o faço justamente para revelar, se preciso fosse, métodos e táticas de um polemista muito mais conhecido do que este blogueiro, e que arremete com uma fúria raramente vista em todos os "debates" de que participei anteriormente.
Como diria Buffon, ao ingressar na Academia francesa, "o estilo faz o homem".
Aos que desconhecem a origem do "entrevero", creio que vale remeter a duas postagens minhas que esclarecem sobre o que está em jogo, sendo que a motivação original foi dada por um convite que recebi, em caráter INDIVIDUAL, do pessoal do Brasil Paralelo para uma ENTREVISTA, sobre os temas do globalismo e globalização.
Como é meu costume, preparei-me para a entrevista articulando um texto previamente, que em NENHUM MOMENTO menciona o Sr. Olavo de Carvalho, por eu simplesmente desconhecer que: 1) ele estaria presente nessa "entrevista", que acabou virando um estranho "diálogo";
2) ele faz parte desse grupo de pessoas que acredita haver uma conspiração entre poderosos para instaurar um governo mundial, ideia que eu remeto à categoria das teorias conspiratorias, que neste caso é defendida, sob o conceito de globalismo, por paranoicos da direita conservadora.
Meu texto original está aqui: 
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/globalizacao-e-globalismo-como.html
O que se seguiu, na confusão criada, eu resumi nesta postagem: 
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/um-debate-involuntario-com-olavo-de.html

Transcrevo, finalmente, o texto do sr. Olavo de Carvalho, que me parece, digamos assim, um Buffon dotado do seu próprio estilo. 
Não tenho outros comentários a fazer.
Os leitores tirarão as suas próprias conclusões.
Paulo Roberto de Almeida 
Blumenau, 6 de janeiro de 2018

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Globalismo: Paulo Roberto de Almeida desconhece o assunto no todo e nos detalhes
2 de janeiro de 2018 - 22:30:30

A resposta ao mesmo tempo ofensiva, sentimentalóide e mentirosa do Paulo Roberto de Almeida só prova uma coisa: o antipetismo é o primeiro e mais fácil refúgio dos incapazes.
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Paulo Roberto de Almeida vende geladeiras mediante o argumento de que geladeiras não existem.
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Se o globalismo não existe, a defesa das soberanias nacionais não pode lhe fazer mal nenhum, não é mesmo?
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O mais safado artifício verbal do Paulo Roberto de Almeida é usar a palavra “globalismo” no sentido de “resistência ao globalismo”. A quem ele espera enganar com esse truque pueril?
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O Paulo Roberto de Almeida carimba de mero falatório ideológico todos os livros que ele não leu.
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Garanto para vocês: o Paulo Roberto de Almeida não tem nem a mais mínima informação indispensável para discutir o assunto. A ignorância dele nessa área aproxima-se da perfeição.
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Esse sujeito acha que meio século de influências e pressões da ONU sobre os programas educacionais de dezenas de países são “invencionices da direita”.
Ele fala do “politicamente correto” como se fosse uma mera esquisitice de esquerdistas, não um código imposto ostensivamente por toda a mídia, todo o sistema educacional e toda uma constelação de empresas e fundações bilionárias.
Não posso discutir com um primário que não sabe nem o quer quer dizer a palavra “fato”.
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Ele até se faz de coitadinho porque a entrevista virou um debate sem aviso prévio. Uai, eu também não fui avisado e não estou choramingando.
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Nunca vi tamanho esforço para limpar um cu de elefante com cotonete.
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Lee Penn, no livro “False Dawn”, reproduz meticulosamente todos os documentos, relatórios e atas de assembléias que atestam pelo menos meio século de esforços da ONU e de vários grupos bilionários para criar uma religião biônica mundial, “humanista”, da qual o cristianismo se reduziria a uma etapa preparatória já superada.
Paulo Roberto de Almeida NEGA OS FATOS com cinismo exemplar, ao mesmo tempo que revela ser, ele próprio, um adepto ou agente do projeto “humanista” alegadamente inexistente, falando de Cristo como Ele se fosse um mero precursor… do Paulo Roberto de Almeida:
“Cristo representou avanços no humanismo, mas alguns cristãos transformaram certos valores em dogmas.”
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Ele já começou o debate no Brasil Paralelo me chamando de paranóico, e agora, no seu arremedo de resposta, acrescenta novos insultos. Vejo-me, portanto, no direito de declarar em público que considero esse sujeito, que antes, por engano, eu tinha em alta conta, uma das mentes mais mesquinhas e desprezíveis que tenho encontrado.
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Quem apela a carimbos ideológicos infamantes e, gabando-se de detentor dos fatos, não cita UM ÚNICO que fundamente as suas opiniões, não é um interlocutor qualificado, é apenas um ridículo “poster boy” fazendo jus ao seu salário.
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O globalismo, como o PCC, o Foro de São Paulo e o Mensalão, é mais um exemplo da certeza apodíctica do Teorema de Picágoras: Toda piroca, tão logo entra, se torna invisível.
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Jesus deu sua modesta contribuição e foi superado. Caminhou sobre as águas, mas Paulo Roberto de Almeida, como todo mundo deve ter observado, já caminha sobre os ares.
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“Humanismo” e “dogma” são duas palavras de cujo significado o Paulo Roberto de Almeida não tem A MENOR IDÉIA.
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Há pessoas que tentam dizer merda, mas não conseguem. Só sai peido.
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O “modus arguendi” do Paulo Roberto Almeida é o mesmo do Maestro Bagos: em vez de contestar o que eu digo, fala mal de partidos e grupos ideológicos que me são totalmente alheios, e acredita que assim refutou os meus argumentos. O Imbecil Coletivo só discute com o Imbecil Coletivo, não com pessoas de carne e osso.
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Afinal, para que conhecer as idéias do Olavo de Carvalho, se para discutir com ele basta ter ouvido algum zunzum contra o tradicionalismo católico, o Partido Republicano, a Maçonaria, o Brexit ou os malditos judeus?
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Reduzir tudo a uma disputa entre escolhas ideológicas, negando formal ou informalmente a possibilidade de um simples confronto do verdadeiro e do falso, é a quintessência da estupidez moderna. Rotular o esquerdista de esquerdista ou o direitista de direitista é não dizer absolutamente nada.
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Desafio os Paulos Robertos de Almeida e similares a me mostrar um livro, um artigo, uma página onde eu tenha proposto ou defendido algum modelo de sociedade, alguma fórmula ideológica pronta, algum projeto de governo.
Ideólogo é a puta que os pariu.
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Todo aquele que usa os termos do debate político no sentido atual que têm na mídia, sem levar em conta a história da formação do seu significado, nem portanto as ambiguidades camufladas que ainda carregam, é um charlatão.
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Paulo Roberto de Almeida se pavoneia de cultor dos “fatos”, mas, quando lhe apontamos os títulos de um ou dois livros que expõem e documentam os fatos que ele precisaria conhecer para poder julgar o que estamos dizendo, ele se recusa a lê-los e, do alto do seu poder divinatório supostamente infalível, os deprecia antecipadamente como “Bullshit”. Ele tem, portanto, toda a razão ao declarar: “Minhas palavras se sustentam por si mesmas.” Para quê os fatos, se o mero apelo teatral à palavra “fatos” os substitui com vantagem?
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Nunca, na minha vida, tive a infeliz ocasião de debater com alguém que ignorasse tão completamente o assunto em debate quanto o Paulo Roberto de Almeida. Ainda estou chocado com a cara de pau com que esse cidadão opina sobre o que desconhece no todo e nos detalhes. Nem o Emir Sader chegou a tanto.
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Não li nem muito menos citei o livro do tal Walter Veith, nem muito menos falei em Illuminatti (já tendo, inclusive, contestado o valor descritivo desse termo). Só citei dois livros, INTEIRAMENTE COMPOSTOS DE DOCUMENTOS DE FONTE PRIMÁRIA: “The Deliberate Dumbing Down of America”, de Charlotte Yserbit, e “False Dawn” de Lee Penn. O Paulo Roberto de Almeida diz que não quer discutir com fundamentalistas e teóricos da conspiração, mas, na verdade, é só com eles que ele discute, porque, misturando fatos com especulações, eles dão a cara a tapa e são fáceis de desmoralizar. O que é supremamenta calhorda é, ao contestá-los, fingir que está contestando a mim e às minhas fontes, quando na verdade tudo o que fez foi fugir covardemente de nós mediante o recurso chocho do “boneco de palha”. Definitivamente, o Paulo Roberto de Almeida NÃO É SÉRIO.
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Não há canalhice maior, numa discussão, do que fugir ao confronto com o interlocutor mediante o expediente de contestar argumentos vagamente e aliás falsamente parecidos com os dele e, com isso, fingir que o derrotou. O Almeida usa e abusa desse truque sujo. Bate num fracote qualquer que encontrou pelas ruas e jura que o infeliz era eu.
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Estudar no Exterior não significa NADA. Mudar um burro de lugar não o torna inteligente.
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A única coisa que o Paulo Roberto de Almeida provou, de maneira cabal e definitiva, foi que só conhece o esquema de poder global pelas versões “pop” que encontrou no Youtube ou em blogs de ocultistas. É como o sujeito achar que demoliu o marxismo porque se saiu bem numa discussão com o Gregório Duvivier.
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Um dos objetivos mais claros e constantes do poder global em formação é diluir o cristianismo numa vaga e oca religião mundial “humanista”. É a religião do Paulo Roberto de Almeida, que ele ao mesmo tempo professa e diz não existir.

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