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domingo, 6 de agosto de 2017

A Ordem do Progresso (12): resenha de Marcelo de P. Abreu, por Gladson Miranda

Continuidade da transcrição da resenha de Gladson Miranda, desde as postagens anteriores:
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-11-resenha-de.html
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-10-resenha-de.html
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http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-8-resenha-de.html
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-7-resenha-de.html
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-6-resenha-de.html
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-5-resenha-de.html
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http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-3-resenha-de.html
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-2-resenha-de.html
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-1-resenha-de.html
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-ordem-do-progresso-0-resenha-de.html


Abreu, Marcelo de Paiva (org.):
A Ordem do Progresso: dois séculos de política econômica no Brasil
2. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2014, ISBN 978-85-352-7859-0
íntegra da resenha 
(...) 



CAPÍTULO 12 - CRISE E ESPERANÇA, 1974-1980

Dionísio Dias Carneiro Netto

1.     Introdução

No ano de 1973 houve crescimento da economia mundial, havia a necessidade de se aumentar os salários em quase todos os países do mundo. As propostas de remodelamento monetário internacional estavam fracassando e isso gerava a variação das moedas para que o nível de inflação ficasse controlada. (pg. 241)

2.     Condicionantes externos e internos da política econômica

A política econômica vinha sofrendo limitações a partir de antes de iniciar o governo Geisel e seus planos. (pg. 243)
Pode-se chegar a duas deduções. “A primeira é que os condicionantes internos parecem ter sido mais importantes do que os externos para explicar as opções inicialmente feitas acerca das políticas econômicas adotadas tanto em resposta às dificuldades imediatas quanto para o restante da década. A segunda é que a abundância de liquidez internacional permitiu que os déficits em conta corrente faltosos que resultaram das mesmas políticas fossem financiados sem que houvesse percepção mais dramática do novo quadro de restrições externas ao iniciar-se o novo governo”. (pg. 244)

3.     Opções para o ajuste de curto prazo e as causas do fracasso

O petróleo vinha tendo grande importância no Brasil, mas nos anos de 1973 o preço chegou a ser quatro vezes maior o que atrapalhou de forma bastante significativa as importações deste. (pg. 245)
“Diante deste quadro, havia basicamente duas opções para o governo brasileiro: a primeira seria desvalorizar o câmbio e mudar rapidamente os preços relativos a fim de sinalizar de imediato os novos custos dos produtos importados e a alteração do valor social das exportações. (...) A segunda seria comprar tempo para ajustar a oferta com crescimento mais rápido do que na alternativa anterior, realizando de forma mais gradual e calibrada o ajuste de preços relativos enquanto houvesse financiamento externo abundante”. (pg. 245)
O ano de 1973 foi impressionantemente expansivo, o que não era para ter sido, uma vez que estava previsto uma reversão monetária para neutralizar o exagero do governo passado. (pg. 248)
“Em 1975, três fatos marcaram os rumos da política de curto prazo: a crise financeira, a queda do crescimento das exportações e aprovação do II PND”. (pg. 250)
A política de estabilização monetária no ano de 1975 foi completamente fracassada, por isso no ano seguinte começou com o governo tentando demonstrar sua decepção com a elevação das taxas de inflação. (pg. 252)
Essa política em tentar reverter a inibição dos preços públicos tornaram-se detalhes principais nos últimos dois anos de governo do presidente Geisel. (pg. 253)
“Entre agosto de 1979 e outubro de 1980, o país experimentou sua última tentativa de ignorar a crise externa, agora agravada pelo novo choque do petróleo e pela elevação vertiginosa do custo do endividamento externo”. (pg. 255)

4.     A natureza do ajuste de longo prazo: o crescimento com endividamento

Crescimento com dívida

“A dívida externa brasileira cresceu US$18 bilhões entre 1974 e 1977, outros US$18 bilhões nos dois anos seguintes. No início do governo Geisel, o país pagava anualmente US$600 milhões de juros, em 1978 a conta de juros líquidos subira para US$2,7 bilhões que a alta das taxas de juros internacionais elevaria para US$4,2 bilhões no primeiro ano do governo Figueiredo”. (pg. 256)

A política industrial

“A estratégia de política industrial no governo Geisel baseou-se na substituição de importações nos setores de bens de capital, insumos básicos para a indústria e no aumento da produção e da prospecção de petróleo”. (pg. 258)
A distinção durante a década de 1970 com as precedentes, foi que a política de transferência das importações foi realizada sem a interrupção no estímulo às importações. (pg. 259)

5.     Resultados e suas consequências

As dificuldades inicialmente enfrentadas no governo Figueiredo foram com relação a tentativa de reduzir o déficit público. O impasse fiscal era sério e teve de ser visto como preocupante pela Secretaria do Planejamento. (pg. 260)
A divergência entre o “equacionamento das finanças públicas de forma adequada para a expansão da economia brasileira no período”, de forma a demonstrar a precariedade da política econômica em seguida a decadência do balanço de pagamentos. (pg. 262)

(continua...)

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